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Como definir limites?

1 de Novembro de 2013 – vencerautismo

Aqui ficam algumas coisas a fazer quando o seu filho com autismo não consegue aquilo que quer e por isso choraminga… Chora ou de alguma forma mostra que está infeliz.

O exemplo que este pai deu foi que quando alguém entra no playroom (quarto de brincar) onde está o filho dele, se não for a Mãe, a criança fica ao pé da porta a chorar e a querer sair.

Eu sei que isto acontece muitas vezes, por isso aqui ficam algumas ideias do que fazer quando isto acontece. Isto também se aplica a outros cenários e limites que estabelece ao seu filho. Tais como quando ele quer deitar o seu creme de corpo caríssimo pelo lavatório abaixo… Quando quer comer um pacote inteiro de bolachas… Ou quando quer brincar com água e está a entorná-la toda sobre o seu tapete novo.

1) Saiba quais são os seus limites.

No The Son-Rise Program®, temos determinados limites que por vezes precisamos de estabelecer às nossas crianças. Os nossos limites são estes: A porta (a porta do playroom está sempre trancada). Segurança (quando uma das nossas crianças não está em segurança e tenta fazer algo que não é saudável para ele ou que é perigoso, tal como beber água da sanita ou subir sobre um rebordo alto). Destruição dos materiais (e.g. desenhar nas paredes, rasgar livros, etc.). Assim, estabeleça claramente o que quer manter como limites. Bem como, o que quer permitir que o seu filho faça e garanta que toda a equipa está ciente e convencida do mesmo.

2) Não faz mal não conseguir o que se quer.

Nós sabemos que você ama e quer o melhor para o seu filho! Amar e querer o melhor para ele não é dar-lhe o que ele quer a todo o momento. Ele vai viver a vida e parte da aprendizagem da vida é que por vezes não se consegue aquilo que se quer e há que encontrar formas de lidar com isso calmamente e com à-vontade. Pois ao suster esta crença, manter-se-á forte na sua atitude enquanto o ajuda a fazer esta aprendizagem.

3) Seja um modelo de como atuar.

Quando está no playroom ou em casa e as coisas não correm como gostaria, concentre-se em manter-se calma e à-vontade para o inspirar (e.g. se hoje não ganhou a lotaria, dê-se os parabéns por ter tentado de qualquer maneira, se no playroom tentou apanhar a bola e não conseguiu, explique que não faz mal tê-la deixado cair e que pode sentir-se feliz à mesma).

4) Use Explicações.

Docemente explique ao seu filho que mesmo que ele chore, a porta não será aberta / você não lhe dará mais bolachas / vai ajudá-lo a descer da prateleira / se continuar a rasgar o livro vai pô-lo de volta na prateleira porque os livros são para ler.

5) Atue a partir de um lugar de amor!

Não faz mal se o seu filho se sentir infeliz, isso não lhe fará mal! Pois você está a fazer uma coisa maravilhosamente amorosa e que o ajuda ao demonstrar-lhe que não faz mal que ele chore, grite, choramingue, etc., e que o ama de qualquer maneira.

6) Experimente!

Usando o exemplo da porta, se já tentou explicar, brincar com a porta, oferecer lentamente outras coisas que estão na prateleira, etc. e ele continua a chorar à porta. Tente ir sem alarido para o canto do quarto, com a sua energia e atenção direcionadas para longe dele. Explique que irá brincar sozinha e que ele pode juntar-se a si quando estiver pronto. Arranje uma atividade para si (tal como fazer um desenho ou ler um livro) e vire-se para outro lado. Dê-lhe muito espaço ao fazer isto e mantenha a sua energia silenciosa e baixa. Contudo, a ideia não é distraí-lo mas permitir-lhe que se acalme e que a sua felicidade não vai ser alterada pelo facto de ele estar a fazer isso.

7) Seja consistente.

Assim, se houver uma única pessoa que cede e abre a porta ou olhe dá o que ele quer enquanto chora, então ele continuará a fazê-lo com benefício para ele. Em suma, garanta que não há “elos fracos” na sua corrente.

Divirta-se!

Becky Damgaard
Son-Rise Program® Teacher

Podes aprender mais sobre este tema através das nossas Masterclasses:

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