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Birras: sete hipóteses a tentar

3 de Janeiro de 2018 – vencerautismo

Sete hipóteses a tentar se a criança chora ou faz birras.

Isto vai ajudá-lo quando o seu filho (seja qual for a idade ou o diagnóstico) chorar, fizer birras, gritar, etc. Estas “dicas” vão ajudá-lo a ajudar o seu filho a aprender a comunicar de uma maneira mais fácil e calma, sempre que quiser algo. Comunicar o que se quer de uma maneira calma e clara é uma qualidade social importante. Especialmente nas relações com a família, com os amigos, na escola, no trabalho, etc

 É apenas comunicação

Lembre-se que quando o seu filho chora ou faz birra está, pura e simplesmente, a usar isto como uma ferramenta para lhe dar a entender que quer que algo aconteça. Por exemplo: lhe dê uma bolacha, um vídeo, ir dar uma volta de carro, etc. Ou que algo deixe de acontecer. Por exemplo: ser retirado de um local demasiado estimulante; fazer com que outros com a sua estereotipia, deixem de interromper a sua actividade, etc.

Não pareça uma árvore de natal toda iluminada!

Se ficar aflito e correr a dar ao seu filho o que ele quer quando ele chora ou faz uma birra. Está a ensinar-lhe que essa é a melhor maneira de ele conseguir o que quer. Este tipo de reacção é parecido com o acender as luzes de uma árvore de natal… É exuberante, luminoso e fácil de recordar! Esse comportamento mostra-lhe que o facto de ele chorar e fazer birra é muito importante para si. Que você “para e ouve-o”, correndo rapidamente a ir buscar o que ele quer. O seu filho perceber á rapidamente que essa é a maneira de comunicar quando a sua vontade não é imediatamente satisfeita. Ou que, aparentemente, não vai obter o que quer.

Atitude.

Mantenha-se o mais calma e mais à-vontade possível. A aflição funciona como a energia que a pode iluminar que nem uma árvore de natal fazendo com que se movimente mais depressa. O que vem reforçar a ideia para o seu filho de chorar e fazer birra é a maneira mais eficaz de obter o que quer. Reconheça que é maravilhoso o seu filho ter essa motivação e determinação e que, usando o Son-Rise Program pode ajudá-lo a utilizar essas mesmas qualidades para falar, interagir e socializar mais.

Mexa-se devagar e mantenha a calma.

Em vez de parecer uma árvore de natal, aflita e a mexer-se rapidamente , aja como uma pessoa a andar na lua. Movimente-se devagar e fale com calma ao ajudar o seu filho a obter o que quer. Se ainda não for uma criança verbal, apresente-lhe alternativas e só ao fim da terceira ou quarta alternativa é que lhe dá o que pensa ser o que ele quer. Se for verbal, diga-lhe que não consegue perceber porque ele está a chorar e que, se falasse em vez de chorar, podia ajudá-lo mais rapidamente.

Não ceda – Apresente alternativas.

A criança pode estar a chorar ou a fazer birra por ter decidido não lhe dar uma determinada coisa (mais bolachas; não o deixar sair por estar a chover; usar o computador ou ver TV, etc.). Nesta situação, deve mais uma vez manter a calma e não se apressar, explicando-lhe que mesmo que chore ou faça birra não vai conseguir o que quer. Explique isto de uma maneira suave e simpática e não zangada e frustrada. Apresente-lhe calmamente alternativas (por exemplo, ofereça-lhe um bocado de fruta ou um bolo de arroz em vez de uma bolacha, etc).

Se a criança continuar a chorar, diga-lhe que não faz mal, se quiser continuar a chorar e depois vá fazer outra coisa qualquer (ler um livro, lavar a louça, etc.) e deixe-a a chorar, sempre de olho nela para garantir que não se magoa nem a ninguém que esteja por perto (irmã por exemplo). Lembre-se que o seu filho não é frágil, aguenta bem quando não consegue algo que quer. Além do mais, você também não é frágil, consegue aguentar vê-lo a chorar e gritar.

Celebre quando consiga obter o que quer

Se o seu filho não chora nem faz birra quando você não lhe dá o que ele quer, celebre esse facto, dizendo-lhe como é maravilhoso ele estar calmo e sem problemas.

Siga o Son-Rise Program®

As famílias dizem-nos constantemente que quanto mais trabalham o Son-Rise Program com os filhos, no playroom estes menos choram e menos birras fazem. Pois, uma vez no playroom, consegue-se obter 90% de controlo e, portanto, quando surgem situações complicadas (e há sempre) quando não obtêm o que querem, consegue-se lidar com os problemas de uma maneira mais calma e mais fácil.

Contudo, não se esqueça que estas ideias são apenas linhas de orientação e, ao aplicar-las, use sempre o bom senso (por exemplo, se o seu filho se magoar e chorar, é evidente que deve apressar-se a ajudá-lo)

Espero que utilizem estas ideias com os vossos filhos; vimos quão eficazes foram com todas as crianças com quem tivemos o prazer e a honra de trabalhar.

Com amor e sorrisos,

William Hogan, Autism Treatment Center of America

Podes aprender mais sobre este tema através das nossas Masterclasses:

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