Parte do processo de aprendizagem e crescimento, é a criança aprender que nem sempre se obtém o que se quer.
Para qualquer criança, uma parte principal da sua atenção no dia a dia é focada em obter o que quer… Exatamente quando quer, como por exemplo comida, bebida, um brinquedo em especial, jogar num jogo específico, um passeio, etc.
Perspetiva da criança
Temos desta forma crianças focadas em obterem o que querem e nós pais, a decidirmos o que é que eles podem ou não ter. E este é precisamente um dos papéis que temos enquanto pais – estabelecer quais os limites que queremos para os nossos filhos.
Perspetiva do cuidador
Como pais, também temos a preocupação, que os nossos filhos sejam felizes e estejam bem.
Mas muitas vezes, estas duas ideias juntas:
- decidir o que o nosso filho pode ou não ter
- mas querer ao mesmo tempo que ele seja uma pessoa feliz – pode causar um impacto grande nas decisões que tomamos.
A forma de manter estas duas ideias em harmonia é agir calmamente e de forma descontraída quando a criança ficar triste quando não conseguir o que quer.
Enquanto pais, estamos constantemente a tentar identificar o que acreditamos ser o melhor para os nossos filhos. Se é algo que a tua criança quer, irá protestar de qualquer forma – este é um facto que não consegues evitar.
A chave para colocar limites
A chave para colocarmos limites de forma eficaz começa com a nossa atitude. É sentirmo-nos à vontade quando o fazemos e a nossa criança fique infeliz com isso. Lembra-te que estás a fazer o melhor para a tua criança e que ela está a aprender uma lição valiosa – nem sempre conseguimos o que queremos mesmo quando choramos, batemos, gritamos, etc. O facto de cedermos e voltarmos atrás no nosso limite quando têm este tipo de comportamentos, é encorajar para que o volte a fazer para conseguir o que quer.
Como reagir à reação da criança quando um limite é imposto?
Quando a tua criança tiver uma reação mais triste ou revoltada devido ao limite imposto, podes sempre dizer-lhe “não faz mal que te sintas assim de momento“. Se notares que apenas piora a situação ou a reação ao explicar as razões pelas quais estabeleceste o limite, para de dar justificações. Podes permanecer em silêncio durante um certo período de tempo, parar de lhes dar muito contacto visual e ir para outro sítio da casa. Não lhe peças ou obrigues a parar o seu comportamento – mais uma vez pode motivar a reação a continuar.
Sempre que estabeleceres um limite, sê forte. Tem presente que é o melhor para a tua criança e que não quer dizer que não a ames.
Dá-lhe espaço e permite-lhe também a ela que fique triste… Que aprenda a lidar com a frustração e que assimile a aprendizagem que nem sempre conseguimos tudo o que queremos e não há problema.