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Autismo e Terapias

20 de Janeiro de 2021 – vencerautismo

Qualquer cuidador que comece a pesquisar sobre autismo e terapias, após começar a ver sinais de alerta ou após ter um diagnóstico, entra num labirinto de opções que, por vezes, se torna cada vez mais complexo e confuso à medida que se vai avançando.

Muitas questões surgem: “Qual a melhor terapia para o meu filho?”, “Como é que arranjo tempo no horário para fazer todas as terapias disponíveis?”, “Como é que consigo financiar todas as terapias que existem para dar ao meu filho tudo o que ele precisa?”. Wow, ok… vamos todos respirar fundo!

Assim, partilhamos algumas notas para te ajudar em todo este processo, tornando-o, esperamos nós, um pouco mais tranquilo.

Não existe a melhor terapia para o autismo

É certo que existem terapias com mais estudos, com mais evidências científicas. E essas podem ser as terapias certas para a uma pessoa com autismo, ou não. Não desvalorizando a ciência, quando olhamos para os casos individualmente, acreditamos que os cuidadores são livres e devem escolher a terapia com que se identificam mais, que segue valores e atitudes que lhes fazem sentido e que trazem benefícios para a pessoa. O que funciona para uma pessoa com autismo pode ser bem diferente do que aquilo que funciona com o colega dela da escola que também tem Perturbação do Espetro do Autismo (PEA). Somos todos diferentes 😉

Reflete sobre o que procuras e quais são as dificuldades da pessoa com autismo

É importante que te foques naquilo que te parece mais importante para a pessoa com autismo. Benefícios, melhorias e resultados são subjetivos, cada um de nós tem a sua maneira de os avaliar: para alguns cuidadores é importante o sucesso académico, para outros a autonomia e outros preocupam-se mais especificamente com a parte social. Tudo isto é válido, então, procura terapias que se foquem naquilo que são os teus objetivos para a pessoa com autismo.

Pesquisa e pede opinião

Procura na internet, pede opinião a profissionais e a outros cuidadores. Podes pedir, até mesmo, a opinião a pessoas com PEA adultas que passaram por diferentes terapias e saber a opinião na primeira pessoa.

Experimenta

Não perdes nada em experimentar e ver como tu e a pessoa com autismo se sentem. Principalmente, se forem terapias que recorram a métodos não invasivos, acreditamos que não se perde nada em tentar.

Como a pessoa com autismo reage à terapia e/ou terapeuta

Acreditamos que este é um ponto-chave. Se a pessoa gosta, e vai para a terapia e participa nela sem sofrimento ou angústia, então, isso é um ponto bastante positivo e que nos mostra que se talvez possa ser a terapia indicada. Queremos evitar birras e dificuldades neste processo. No entanto, também sabemos que existe, por vezes, uma fase de adaptação ao processo. Mas uma reação positiva da pessoa, costuma ser um bom preditor de ser uma terapia adequada para ela.

Analisa de que forma os profissionais te estão a envolver no processo

É do conhecimento geral que o envolvimento dos cuidadores no processo terapêutico é essencial. Então, sugerimos que tomes atenção à forma como o terapeuta te inclui no processo, como parte da equipa. Se não incluir, podes sempre mostrar-te proativo/a e pedir dicas e mostrar que queres participar mais. Não envolver os cuidadores no processo, por norma, não costuma ser um bom sinal de terapia adequada. Mas também é preciso ter calma e perceber os papéis de cada um!

Enquanto não escolhes

Lembra-te que há sempre pequenas coisas que podes ir fazendo no contexto em que a pessoa com autismo está (casa, escola, local de trabalho, etc) enquanto refletes e tentas tomar uma decisão informada! Esse tempo de reflexão é importante, mas pode ser já também um tempo de intervenção da tua parte 😉

Podes aprender mais sobre este tema através das nossas Masterclasses:

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