Há momentos em que temos de deixar cair o objetivo de aumentar o contacto visual. Principalmente quando notas que é algo que está a exigir um enorme esforço por parte da pessoa com autismo e que lhe traz frustração. Além disso, sabemos que não é por a pessoa com autismo não estar a olhar para os outros que não está atento. Então, vamos mostrar que compreendemos a pessoa e que a aceitamos. E que está tudo bem, mesmo sem ela olhar para ti e/ou para os que estão com ela.
No entanto, o que podes e deves continuar a fazer é:
- Celebrar e reforçar positivamente, sempre que ela efetivamente olha para ti;
- Conversar sobre porque é que é difícil olhar nos olhos das pessoas, tentando perceber que aspeto em detalhe é que torna esta ação difícil para a pessoa com autismo;
- Usar histórias sociais, ou seja, podes criar histórias simples, baseadas no que acontece à pessoa com autismo e, a partir daí, trabalhar esta questão com ela. Por exemplo: “Era uma vez um/a menino/a que tinha dificuldade em olhar nos olhos das outras pessoas, ele/a esforçava-se muito, mas era bastante difícil. Parecia que lhe doía ou que as pessoas estavam muito perto dela, quase que se assustava…” – podes incluir diferentes situações em que a personagem tenta olhar, no meio da história, pedir a opinião da pessoa com autismo e pedir conselhos para ajudar a personagem.